quinta-feira, 26 de abril de 2012

MEMÓRIAS, BELAS MEMÓRIAS...

_______Memórias, Belas Memórias..._____

 

              As memórias são uma espécie de sonhos que

 silenciam-se em cada um de nós e ficam escondidas

 ou adormecidas no fundo de nossa alma. Um dia de

 forma especial são acordadas para serem reveladas.

               Revelam-se o tempo, os lugares, as coisas, os

 sentimentos, as emoções... e nos deparamos diante

 de nós mesmo, de forma reconstruída, num dado

 momento que chamamos presente.

 


 


A SE OS TEMPOS BONS VOLTASSEM...


A se os tempos bons voltassem...

      Quando eu era criança eu era muito obediente aos meus pais. Quando minha mãe me mandava ir na bodega eu ia. Hoje as pessoas não querem mais obedecer os pais.

Na escola a minha professora mandava todos ler a lição. Quem não gaguejava dava palmadas em quem gaguejava. Por isso eu dei muitas palmadas com a palmatória. Agora as escolas não dão mais palmadas, não tem mais essas coisas de castigar e humilhar os alunos.

      Minha mãe e meu pai me levavam para os reisados, leilões e cantorias da época. Nós sempre gostávamos mais da cantoria, pois levávamos dinheiro para colocar no prato do cantador a cada vez que era pedida as canções. Eu gostava tanto que nem via a hora passar. Não era como hoje que as pessoas vão à festas com banda e tudo mais. O meu tempo já passou... a se o tempo bom pudesse voltar!

      Agora já estou com sessenta anos. Estou vivendo bem e gosto muito do lugar onde moro.


ESCRITO POR
(12 ANOS; 4ª SÉRIE)
DEPOIMENTO DE
AGRICULTOR ; 60 ANOS
BELÉM 18/06/2006

BAÚ ANTIGO


___________________________BAÚ ANTIGO_______________________________

        Quando eu nasci minha avó tinha um baú muito velho onde ela guardava suas roupas. Ele é todo feito de madeira, de modelo muito antigo.

Agora é diferente porque as roupas são guardadas em mala feita de couro duro e com cadeado. Algumas pessoas guardam suas roupas em caixas de papelão, outras em

guarda-roupas, cômodas, e outros móveis.




ESCRITO POR
(10 ANOS; 4ª SÉRIE)
DEPOIMENTO DE BRÍGIDA MARIA V. ARAÚJO
DOMÉSTICA; 50 ANOS
BELEM 21/06/2006

HOJE: DIFERENTE DOS MEUS TEMPOS


______________Hoje: Diferente dos meus tempos...__________

      Naquela época as escolas eram em casas de família. Eu ia para a escola apé na casa do seu Zé Dias. Eu costumava chegar as sete horas e só saía as onze, aproximadamente, pois ninguém tinha relógio.

Na sala de aula não tinha cadeiras e nem lousa. Os alunos escreviam em pé perto da mesa. Os maiores podiam sentar-se no banco para fazer as tarefas escolares. Não tinha merenda e nem água para beber durante a aula. Mesmo assim eu estudei a cartinha e o primeiro ano – a primeira série atualmente.

Na minha infância os pais não deixavam os filhos saírem de casa sem a sua permissão. O mais longe que podíamos ir era na casa dos irmãos vizinhos e aos domingos leva-nos para ir a missa na cidade - Igreja de São Francisco da Cruz. Não era como hoje que as crianças tem liberdade de sair com os amigos e parentes e brincar à vontade. Os divertimentos de minha época era o drama, o reisado, a cantoria, o leilão e algum cassimiro coco. Mas minha família não ia. Tinha as crianças pequenas que não podiam levar e o cansaço dos dias de trabalho pesado atrapalhava muito.

      Eu morava numa casa grande de taipa com um quarto de bodega e uma casa de farinha. As farinhadas eram muito animadas. Tinha muita gente trabalhando e eu ajudava e fazia amizade com as pessoas. Era um tempo de muita felicidade para mim.

Naquele tempo as pessoas andavam a pé, pelas veredas e estradas de areia, ou a cavalo. Não tinha trânsito de carros. Só em tempos de eleições é que tinha os jipes por aqui. Agora os transportes são outros: corro, carroça, moto, bicicleta, ônibus e andam em estradas de pedras.

      A vida tranquila e monótona passou, mas muitas facilidades jáfazem parte do meu dia a dia. Belém, localidade que moro desde quando nasci, é um lugar pequeno e interessante.


 

TEXTO COLETIVO
À PARTIR DO
DEPOIMENTO DE
AGRICULTORA E AUXILIAR DE SERVIÇO DA ESCOLA
4ª SÉRIE
BELÉM 18/08/2006


LEMBRANÇA DE MINHA MÃE


_____________Lembrança de Minha Mãe____________

       Quando eu tinha quatro anos, lembro que minha mãe comprou um raspa coco.

       Ele hoje é de minha filha Paz que já é casada e mãe de seis filhos. Dei a ela porque quando eu tinha vinte anos, minha mãe disse que eu desse para uma filha ou um filho.

       Esse raspa coco tem uns oitenta anos. Cada vez que eu o vejo me recordo de muitas coisas. Ele é para mim uma lembrança antiga.

ESCRITO POR
(09 ANOS;
4ª SÉRIE)
DEPOIMENTO DE
LÚCIA AURÉLIA DE SOUSA
DOMÉSTICA; 75 ANOS
BELÉM 18/08/2006

LEMBRANÇA DE QUANDO EU ERA PEQUENA






________________Lembrança de Quando era Pequena___________________

        Quando eu tinha três anos eu peguei um santinho do meu pai . Ele nem viu por que ele tinha saído com minha mãe. Meus irmãos tinham ficado comigo. Quando eles foram para a área, eu fiquei sozinha. Eu sempre tinha vontade de ter um santo de Lisboa. O meu pai tinha uma caixinha cheia de santo. Eu peguei o santo que eu mas tinha vontade. Ele se chamava Santo Antônio de Lisboa. Quando meus pais chegaram , perguntaram:

        _ Que bagunça é essa?

        Eu inventei que era o gato que tinha bagunçado.

       Eles acreditaram e eu nem fiquei com jeito que de quem tinha mentido. No outro dia eu me levantei e a minha mãe estava arrumando as minhas coisas e eu me aperreei:

        _ Mãe, por que não vai arrumar as coisas dos meus irmãos?

        Ela falou que ia arrumar primeiro as minhas coisas . Eu disse:

        _ Eu posso arramar as minhas coisas. Ela disse:

        _ Tá bom.

        Aproveitei e tirei o meu santo de dentro e coloquei na minha malinha secreta para meus pais nunca saberem que eu estou com santo escondido. Quando eu tinha dez anos meus pais me deram um pequeno missionário, já muito velho, que minha mãe tinha guardado para mim. Eu aceitei e guardei na minha malinha secreta, junto com o Santo Antônio de Lisboa.

       Eu agora tenho sessenta e dois anos. Me lembro muito quando era criança. Adorei ter ganhado meu Pequeno Missionário e ter conseguido o meu santinho. Acho que meus pais nunca souberam que eu peguei o santo escondido.

       Gostei muito da minha infância...


ESCRITO POR
(09 ANOS; 4ª SÉRIE)
DEPOIMENTO DE
MARIA EDITE VASCONCELOS
DOMÉSTICA E ; 62 ANOS
BELÉM 23/06/2006

O TEMPO ANTIGO


___________________________O Tempo Antigo_________________________

       Naquele tempo atrás, era muito diferente. O Belém era um lugar de poucas casas e muitos matos. Cajueiros eram poucos. Só tinha na frente das casas ou no quintal. Se pegava peba e jacu de arapuca – uma armadilha feita de paus. As pessoas brocavam roçados e plantavam roça de mandioca, milho, feijão, algodão. O algodão era colhido, descaroçado e fiado no fuso para fazer tecido. A primeira calça comprida que eu vesti foi tecida pela Anália, minha irmã. Ela tinha uma máquina feita de madeira, que de forma artesanal, com os pés e com as mãos fazia tecidos. Era o antigo  tear.

       A relação familiar era melhor que a televisão. As famílias iam na casa das outras, sentavam no terreiro para contar histórias de alma, de onça e também de príncipes e princesas.




ESCRITO POR
(10 ANOS; 4ª SÉRIE)
DEPOIMENTO DE 
AGRICULTOR ; 60 ANOS
BELÉM 23/06/2006

QUANDO EU ERA CRIANÇA

 
_________________________QUANDO EU ERA CRIANÇA_______________________________________

           Eu nasci em 1945. Naquele tempo as pessoas iam a boca da noite para debulhar feijão na casa dos vizinhos. Os mais velhos contavam histórias de alma, de onça. Os meninos inventavam que estavam com dor nas costas e iam para o outro lado com medo de fantasma e lobisomem.

          Quando eu ia para a escola na Dona Antônia, ela deixava nós esperando e ia buscar água na casa da Dona Nonata Sé. Ficava lá conversando. Se ela demorava nós íamos chamá-la. Muitas vezes encontrávamos na cozinha sentada no pilão de pilar café.

         A gente se divertia pouco. Algumas vezes íamos pescar na lagoa e se divertia pulando n'água de cima de uma balsa.

          Eu estudei até a 3ª série. Minhas professoras eram Dona Antônia, Dona Brígida, Dona Nazaré. Eu gostava muito de estudar. Sai da 3ª série chorando porque não tinha professora para a 4ª série.


ESCRITO POR
(09 ANOS;
4ª SÉRIE)
DEPOIMENTO DE
AGRICULTOR; 60 ANOS
BELÉM 18/08/2006

REFERÊNCIA DOS MEUS BRINCOS


_____________________Referência de Meus Brincos_____________________


           Quando eu tinha quatro anos minha mãe falou que tinha uns brincos que a minha tia tinha lhe dado. Já adolescente queria conhecê-los, mas minha mãe havia escondido porque eram brincos de ouro. Um dia ela saiu de casa e eu aproveitei para procurá-los. Pensei: “Será que ela está com os brincos? E se ela levou a chave do guarda-roupas!?”

Como estava sozinha procurei os brincos até encontrá-los e fiquei usando.

Minha mãe perguntou;

_ Filha, que brincos são esses?

_ Ah! Ganhei de presente da minha tia.

Mas ela desconfiando foi até o guarda-roupa e se certificando disse:

_ Filha, esses brincos são os meus.

Quando completei quatorze anos minha mãe me deu aqueles brincos de verdade. Só usei uma vez.

O tempo passou e hoje esses brincos que tem cento e cinquenta anos são da minha filha Arlete.


ESCRITO POR
(09 ANOS;
4ª SÉRIE)
DEPOIMENTO DE
LÚCIA AURÉLIA DE SOUSA
DOMÉSTICA; 75 ANOS
BELÉM 22/06/2006

REFERÊNCIA DE MEUS TEMPOS

_____________________Referências de Meus Tempos____________________

      Nasci em mil novecentos e quarenta e cinco. Naquele tempo era diferente. O Belém tinha poucas casas para morar. Era no meio mato. Agora tem poucos matos e muitas casas.

      O estudo era muito difícil. Eu estudei só até a 3ª série. A minha primeira professora foi a dona Antônia do seu Miliano. Enquanto nós estudávamos a professora ia buscar água no vizinho, na casa do seu Sebastião, o esposo da dona Nonata e ficava conversando. Muitas vezes interrompi a ida à escola para cuidar dos cavalos que ficava numa capoeira longe de casa. Só vinha quando chamava. Agora a professora fica dentro da sala e ajuda os alunos no tempo de quatro horas.

Fui criado numa família católica. Meus pais rezava o terço a tardinha junto com a família e todo dia, de madrugada, rezávamos o oficio das almas ou o de Nossa Senhora. As famílias agora não rezam mais à tardinha nem de madrugada, preferem assistir televisão, sair de casa de para beber, brincar e conversar nas casas dos vizinhos.

      Eu queria muito que essas pessoas fossem como antes, pois educavam os filho exigindo obediência, respeito e trabalho. E não esqueciam da religião.

      Eu me sinto muito bem por que fui muito bem criado. Também criei meus filhos com educação e responsabilidade. Com meus 60 anos me sinto muita satisfeito.


ESCRITO POR
(09 ANOS; 4ª SÉRIE)
DEPOIMENTO DE
AGRICULTOR ; 60 ANOS
BELÉM 18/08/2006


VIDA NO CAMPO

_________________________Vida no Campo_______________________________

      Eu nasci em 1945 e desde então moro no Belém. Antigamente a lagoa era muito cheia e algumas pessoas que iam caçar passavam por lá para tomar banho. Tinha poucas casas, muitas delas eram de taipa.

      A minha família vestia roupas de tecidos feitos de algodão. O algodão era plantado, colhido, descaroçado, fiado no fuso e tecido no tear, uma máquina de madeira que de forma artesanal, usando os pés e as mãos, se construíam os tecidos. A minha primeira calça comprida foi feita pela minha irmã. Os calçados que eu usava era tamancos de pau feitos pelo meu pai. Depois veio as apragatas – chinelos feito do couro do boi. Hoje as roupas são feitas em máquinas de costuras e os sapatos comprados nas lojas.

      A escola era nas casas de família. Quando eu estudava com a Dona Antônia ela ia pegar água na casa do seu Sebastião Sé. Lá ficava conversando. Quando os alunos sentiam sua falta que iam chamá-la muitas vezes a encontravam sentada no pilão de café, com o pote d'água encostado.

      Naquele tempo, a professora pedia para os alunos ler individualmente. Aquele que não soubesse levavam palmatória. Eu, graças a Deus, nunca levei palmatória . Eu estudava a lição em casa e sempre tirava notas boas. Eu pensava que a escola não ia acabar, mas quando terminei a terceira série foi o jeito. Pois meus pais eram pobres e não tinham condições de comprar roupas e pagar meus estudos. Já hoje as escolas são públicas, os transportes são de graça e as professoras ensinam os alunos na hora que lhe são adequadas e não existe castigo como antigamente. Tudo é diferente. Muitas coisas mudaram: água encanada nas casas – quase já não se usa mais as cacimbas. A maioria das casas são de tijolos. Tem transportes e estradas de pedras e muitas plantas nativas foram substituídas por cajueiros ou coqueiros. Todas as casas tem energia elétrica, sem falar que trouxe muitos objetos para ajudar e melhorar a vida das pessoas.

      Moro numa comunidade que com tantas mudanças ainda é tranquila.



ESCRITO POR
(09 ANOS;
4ª SÉRIE)
DEPOIMENTO DE
AGRICULTOR; 60 ANOS
BELÉM 18/08/2006

sexta-feira, 20 de abril de 2012

PRODUÇÃO DE POESIAS SOBRE FAMÍLIA SURGIU COM...


______Família_______________

Três meninos e duas meninas,
sendo uma ainda de colo.
A cozinheira preta, a copeira mulata,
o papagaio, o gato, o cachorro,
as galinhas gordas no palmo de horta
e a mulher que trata de tudo.

A espreguiçadeira, a cama, a gangorra,
o cigarro, o trabalho, a reza,
a goiabada na sobremesa de domingo,
o palito nos dentes contentes,
o gramofone rouco toda a noite
e a mulher que trata de tudo.

O agiota, o leiteiro, o turco,
o médico uma vez por mês,
o bilhete todas as semanas
branco! mas a esperança sempre verde.
A mulher que trata de tudo
e a felicidade.

Carlos Drummond de Andrade, in 'Alguma Poesia'


Tema(s): Família Mulher
Ler outros poemas de Carlos Drummond de Andrade


Nota:
Todos os poemas sobre família foram inspirados neste poema, por sinal, muito interessante.  
Data do evento:09/04/2010 –
2 º ano médio – turma: C/Noite
EEM São Francisco da Cruz

PASSOS ESCUROS

____Passos Escuros____


Família em primeiro lugar
Eu juro pra senhora mãe
Que eu vou para o meu amor.
É só brilhante no cofre
Enquanto eu viver
A senhora nunca mais sofre.

Me perdoe mãe,
Se eu não tenho mais olhos
Que um dia foi de agrado
Com um cartaz escrito assim:
Dose de maio, em marrom
Coração azul e banco
Em papel crepom.

Seu mundo é bom
Que pena que hoje em dia
Só encontro-a no seu álbum
De fotografia
Juro e prova que não foi em vão.

Marcos – Vida Loka – 09/04/2010 –
2 º ano médio – turma: C/Noite
EEM São Francisco da Cruz

A FAMÍLIA


A família


Tudo vem da família!
Primeiro respeito
Segundo educação
Terceiro as limitações .

E nela deve ser mudado!

Primeiro a ignorância
Segundo o desinteresse
Terceiro as conquistas.

Tudo pode ser como rio que passa!

Mas sempre se obtém resultado
Quando se tenta talvez consiga
Mas se persistir é assegurado.

Lenildo Júnior Cruz – 09/04/2010
2 º ano médio – turma: C/Noite
EEM São Francisco da Cruz

POESIA


Poesia
Uma casa
Completa de alegria
Com varias pessoas em volta.

As conversas de meus pais
Fazem entendemos
Um pouco mais do passado
E com isso nós somos unidos
Nós somos também abençoados.

Família são pessoas
Que todos devem amar
E com elas que aprendemos
Como a vida levar

Meus avós sempre vão
Visitar a minha casa
Quando eles chegam parece
Que a família fica mais recheado

MARIA JOANA DO NASCIMENTO – 09/04/2010 –
2 º ano médio – turma: C/Noite
EEM São Francisco da Cruz




FAMÍLIA


 _____FAMÍLIA_____

A família é um sinal
Que há pessoas queridas
Vivendo em comunhão
Tornando-se mais unidas.

Todos trabalhando
Para uma edificação
Construindo seus sonhos
Amando de coração
Momento algum tristeza
Isso não quero não.

A vida é assim
Pra você
Também para mim.
Vivendo em paz
Também há tristeza
Mas sempre correndo
Atrás da felicidade – com certeza!
DANIEL– 09/04/2010 –
2 º ano médio – turma: C/Noite
EEM São Francisco da Cruz

FAMÍLIA


___Família___

A família não é símbolo
É um conjunto de pessoas
Que são formada por laços
De amor e de amizade.

A família é importante
Ela é que nos fortalece.
Ajuda no que queremos;
A família é união bela.

Tendo uma família alegre
Ou temos uma família triste
Ela é quem nos dá a chance
De sermos muito feliz.

Devemos preservar a família
Até porque só temos uma
Um dia quando perdermos
Sentiremos falta dela.


Rafhaela Ramos – 09/04/2010 – 2 º ano médio – turma: C/Noite
EEM São Francisco da Cruz

POEMA DE FAMÍLIA




POEMA de família


Uma família unida
todos os dias com paz
união na nossa casas
o amor nos satisfaz
porque em nosso lar
o amor dela será.

Na minha família
Nem sempre o pão
Mas em compensação
Felicidade haverá.
Na minha família
Nem sempre tem luxo
Mas em compensação
Tem amor e igualdade

Pra minha família
Nem sempre haverá
Um lugar na sociedade
Mas no meu município
Sempre caberá mais um.

Arimateia – 09/04/2010 –
2 º ano médio – turma: C/Noite
EEM São Francisco da Cruz

A INVASÃO PORTUGUESA




A INVASÃO PORTUGUESA

_MINHA GENTE EU SOU CABRAL
QUE UM DIA AQUI CHEGUEI
SÓ PUDE ENCONTRAR ÍNDIOS
NA TERRA DE VOCÊS.

_MAS SEU CABRAL DO QUE RECLAMAS?
SEI QUE NÃO ACHOU RUIM
POR QUE LOGO MANDOU ESCREVER
COMO ERA A TERRA AQUI.

_EU SOU PERO VAZ DE CAMINHA
AQUELE QUE ESCREVEU
UMA GRANDIOSA CARTA
A DOM MAMUEL, UM REI EUROPEU.

_E NA CARTA DIZ QUE NÃO ACHOU
NEM OURO E NEM PRATA
SÓ VIU GENTE NUA
SEM ROUPA E GRAVATA.

_FOI ASSIM QUE OUVE A INVASÃO
E OS ÍNDIOS BRASILEIROS
SOFRERAM EM SUAS MÃOS
E AINDA TROUXERAM OS NEGROS
DA ÁFRICA PARA O SERTÃO.
ROSIRENE –Professora – 09/04/2003 –
2 º ano fundamental – turma: C/manhã
EEF Filomena Martins dos Santos


VIDA DE INDIO


NA TRIBO ELE VIVE
COMENDO RAIZ
CAÇANDO E PESCANDO
GUERREANDO FELIZ.

A OCA É MORADA
CACIQUE É O GUERREIRO
A TABA É A ALDEIA
PAJÉ O FEITICEIRO.

O DEUS É O TUPÃ
A LUA É JACI
A LÍNGUA QUE ELES FALAM
É O TUPI GUARANI.

E FORAM OS PRIMEIROS
HABITANTES DO BRASIL
SALVE O DIA DO ÍNDIO
DEZENOVE DE ABRIL.
AUTOR DESCONHECIDO
Sugestão da Coordenadora
Socorro Aila a Rosirene
Professora – 09/04/2003 –
2 º ano fundamental
 – turma: C/manhã
EEF Filomena Martins dos Santos

quinta-feira, 19 de abril de 2012

HISTORIAS DE TRANCOSO

Conforme (PB) o termo trancoso vem de troncoso, lugar de troncos.
Houve um escritor português, colecionador de contos que tinha por sobrenome Trancoso.
Trancoso teve uma evolução semântica e incluía contos fantásticos, fábulas.
A semântica explica. Hoje em dia, história de trancoso é algo irreal, fábula, algo lendário.
Muitos contos infantis são classifiados como histórias de trancoso.

A CIDADE ENCANTADA

A cidade encantada
A pequena cidade de Jericoacoara, a muitos anos atrás, era um imenso mar, onde, em suas profundezas, existia um grande castelo encantado.
No castelo aprisionaram uma sereia por ter ela se apaixonado por um pescador. A partir daí a maré começou a se distanciar. Aos poucos o lugar foi se transformando numa grande enseada. Minha avó dizia que naquele tempo todos naquela região sabia da história da cidade encantada. Muitos tentaram desvendar o encanto e libertar a sereia, acreditando que quem conseguisse desencantar a cidade, se casaria com a sereia e seria muito feliz ao seu lado.
Para desfazer esse encanto foi necessário muita coragem de um velho mago da região que reuniu um grupo de pescadores e foram até a caverna da sereia para desencanta-la. Chegando lá, somente o mago e um pescador conseguiram entrar na caverna, por que o espaço era pouco e o lugar não era muito agradável.
Segundo o mago, eles conseguiram chegar até um portão de ferro que de lá já dava para se avistar o vulto da sereia. Como para acontecer o desencanto, um dos dois, teria que se sacrificar e dar o seu sangue a ela, morrendo como herói, eles voltaram.
 O mago foi preso por tamanha irresponsabilidade e até hoje ninguém sabe o paradeiro dele. Acreditam que ele está vivo e que um dia vai voltar para desencantar a cidade.
Muitos contadores de histórias afirmam que abaixo do Serrote de Jeri, existe um grande castelo oculto sob as pedras que ao ser desencantado ele surgirá e a cidade voltará a ser mar.
Contada por
 geralda marques de Sousa
 e Escrita por
Francisco de assis silva
                                                                                                             Cruz, 21/10/2004

A TEMPESTADE

A tempestade
Essa é uma história que aconteceu há algum tempo, e creio que assim como eu, meus quatro irmãos jamais vão esquecer.
 Era inverno, nosso pai gostava muito de farras, portanto estávamos sozinhos. Chovia muito. A mamãe como uma galinha, protegia seus filhos, rezava, pedindo para Deus a chuva passar. Nós todos morrendo de frio e de medo. Nossa casa, já estava com o barro no chão, o vento quase carregava as telhas. O meu irmão mais novo tremendo de frio, ora chorava, ora boiava, pois morávamos perto de uma fazenda e a agua já dava na canela de minha mãe. Só os relâmpagos iluminavam, já que as lamparinas não aguentavam acesas, e a última caixa de fósforos caiu na água. Trovejava tanto que a casa tremia.
Hoje já se passaram mais de vinte anos, mas as lembranças daquela noite continuam na minha memória. Meu avô chamando minha mãe:
_ Zilda, como vocês estão? Está tudo bem com as crianças?
Para nós era a luz para nos salvar, já que nosso pai não chegava. Meu avô ajudou mamãe a tirar a água de dentro de casa. Já amanhecendo o dia papai chega em casa assustado se justificando que não tinha podido voltar para casa por causa da chuva, dos relâmpagos, dos ventos fortes.
Depois daquela noite de pavor e ainda as águas fazendo estradas largas, nós fomos no terreno da cozinha e lá estava um cacho de bananas que meu pai tinha enterrado para amadurecer, para nós foi uma alegria. Meu pai foi logo desenterrando o cesto que a chuva não tinha desenterrado... enfim, uma alegria depois daquela noite sombria era mesmo necessário.
Essa é uma historia verdadeira que está guardada desde minha infância, como tantas outras que jamais serão esquecidas. Isso aconteceu quando morávamos em Poços, município de Bela Cruz. E até hoje sou muito grata por Deus ter nos ajudado.
Contada e Escrita por mim
                                                                                                              eliete Araújo rodrigues
                                                                                                             genipapeiro, 20/10/2004